Tuesday, January 23, 2007

Amor-te

Olhou-me com a imensidão do mar e pegou na prancha. Navegou-me o dia todo entre lençóis brancos e cobertas encharcadas de risos profanos, por entre os dentes brancos, o esmalte dos amantes. Cocegas por entre as nuvens do sonho, beijos por entre os poros do meu ventre. Bebeste-me por entre as folhas das minhas frases, as virgulas e os meus pontos. Ambos na clara certeza de um paladar misteriosamente sincero, habilmente desconsiderado. Sugaste o meu ar entre os meus cabelos, sugaste-me por entre o teu despertar. Amor-te (e só podia ser eu, "és meu"...).

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