Wednesday, June 25, 2008

Sem bocejos.

Não me importo do toque salgado na minha boca, mas incomoda-me a falta de sono. Ficar aqui, como nunca, sentindo-me uma estranha num país de crescidos que sabem o que fazer. Fico toda dentro deste turbilhão e finjo que não sou eu que finjo estar tudo bem. E de repente tudo se desfaz, a liberdade despede-se um pouco e... bem, ficamos com o bichinho renovadamente entranhado, acreditando que cada um tem direito a uma pessoa, para si, em particular. Eu sou uma situação...

Saturday, June 21, 2008

Adequando-o... (à época)

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não pára. Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa. A vida é tão rara. (...) O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência!"

Lenine

Friday, June 13, 2008

Ontem. [nádia suspira]

Durante toda a vida achamos pequenos tesouros. Conceito indeterminado, reconheço. Uma amiga que nos diz que estamos lindas de qualquer maneira mas somos muito melhor assim. Uma amiga que nos abraça durante largos minutos, chora, e depois de muito tempo diz: "tinhas razão". Uma amiga que acredita que seis meses, os nossos, podem ser muito tempo. Uma criança que me faz moche ao acordar. Um rapaz que adora encher-me de beijos quando chega a casa encharcado em suor. Umas meninas que se enroscam a mim e me tratam como se fossemos do mesmo sangue. Outras meninas que me apanham na estação e me presenteiam com mimos numa terra longe da minha. Primos que não o são. Conhecidos que agem como mais, muito mais do que isso. Pessoas no tempo. Transeuntes que sorriem. E, neste dia, um amigo que nos apanha ao sabor do vento de uma mota, uma conversa à beira rio, e encontrares nos olhos dele um brilho que sempre encontras ali, mas que vai sendo, sempre e cada vez, mais difícil encontrar em outro lado. E é verdade, desde que o conheci que sou apaixonada por esse brilho que faz dele uma das pessoas mais fascinantes que conheço. E o meu desejo para hoje era ter na minha vida um conto de fadas como o que ele constrói na sua.

[Das coisas que mais me dão prazer é ver as pessoas que amo encherem-se de um encanto próprio da paixão e deixarem-se levar.]

Tuesday, June 10, 2008

Aos próximos cinquenta! - "Get carried away!"

E ali estávamos nós, aos cinquenta... Mais lindas e confiantes do que nunca, como se o tempo nunca passasse, ou só passasse em camadas suaves, e nos fossemos apenas sentindo mais nós, mas sem o mais das rugas. Pareciamos simples e complexas, atulhadas de histórias, com muitos pensos reparadores por todo o corpo, até pequenas nódoas negras e cortes profundos. E, no entanto, tão bonitas.
Refinei a maneira de nos ver, como se realmente nos tivesse podido olhar de fora. O facto é que realmente me recuso a usar óculos, continuo a ler poesia antes de me deitar, escrevo para viver (e vivo para escrever também! Melhor...) e continuo a ler a Cinderella à minha sobrinha emprestada e a explicar-lhe que os contos de fadas não existem. E (atenção!) vamos ao México, era tão óbvio...
E vocês continuam ali, mais do que um almoço por semana, mais do que um abraço, mais do que um amanhecer. Tudo. Vidas cruzadas. Vida, uma dividida em quatro.
Como gosto de a ouvir dizer: uma delícia!
"Ever thine, ever mine, ever ours!"

O (nosso) último adeus... afinal eternamente...

Tenho livros e papeis espalhados pelo chão.
A poeira duma vida deve ter algum sentido:
Uma pista, um sinal de qualquer recordação,
Uma frase onde te encontre e me deixe comovido.
Guardo na palma da mão o calor dos objectos
Com as datas e locais, por que brincas, por que ri
E depois o arrepio, a memória dos afectos
Mmmmmm Que me deixa mais feliz.

Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...

Está na mesma esse jardim com vista sobre a cidade
Onde fazia de conta que escapava do presente,
Qualquer coisa que ficou que é da nossa eternidade.
Mmmmmmm Afinal, eternamente.

Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...

[Agr do outro lado...]

... Gosto de postar assim... ao que parece! :P

Tautear baixinho...

Molti mari e fiumi attraversero
dentro la tua terra mi ritroverai
turbini e tempeste io cavalchero
volero tra il fulmini per averti

Meravigliosa creatura sei sola al mondo
meravigliosa creatura paura di averti accanto
occhi di sole mi bruciano in mezzo al cuore
amore e vita meravigliosa

Luce dei miei occhi brilla su di me
voglio mille lune per accarezzarti
pendo dai tuoi sogni veglio su di te
non svegliarti non svegliarti
non svegliarti....ancora

Meravigliosa creatura sei sola al mondo
meravigliosa paura d'averti accanto
occhi di sole mi tremano le parole
amore e vita meravigliosa

Meravigliosa creatura un bacio lento
meravigliosa paura d'averti accanto
all'improvviso tu scendi nel paradiso
muoio d'amore meraviglioso

Meravigliosa creatura
Meravigliosa
occhi di sole mi bruciano in mezzo al cuore
amore e vita meravigliosa



[E o melhor é compreender!]

Sunday, June 08, 2008

Para...

Parabéns... a vocês... lágrimas... belezas profundas nos olhos... e não podia ter dito nada senão:

"E tudo acaba em nada e verso" - Fernando Pessoa.



... elas.

Sunday, June 01, 2008

Fazes muito mais que o sol!

Quando somos precedidos... sabe bem, os sorrisos, os dentinhos pequeninos e brancos da pasta de dentes de laranja da disney :)