Monday, February 26, 2007

Don't...

I would like you to look at me while I'm smiling and tell me I'm unphotographable.

Don't blame it on my heart, blame it on my youth...

Sunday, February 25, 2007

Viver-me...

... É ver-te nas amarras laças do sono
É ver-te nas traças perigosas do engano
É sonhar-te aqui.

Saturday, February 24, 2007

Para quem vai escrever

Conseguiu dizer o que por vezes penso, falou de se olhar ao espelho, falou da gana de conhecer a génese da própria criação, falou da sua vontade de escrever e da sua incessante necessidade de se reconhecer enquanto escritor e de não querer mudar esse quadro que dura desde os oito anos, dura de certeza desde que nasceu. Como me dura a mim. E deu-me uma lição:~

O bloqueio do artista? Não acredito nisso: os bloqueios, que são constantes, solucionam-se marrando contra o papel, mesmo que não se obtenham resultados, até os resultados virem. Acabam por vir, é uma questão de teimosia e paciência. (...) de tempos a tempos vem a necessidade de recapitular. E uma conversa deste género talvez possa ser útil a quem nasceu com a mesma sina: sob certos aspectos os escritores são monotonamente iguais. E esses que nasceram com a mesma sina compreenderão porque não se acham sozinhos: anda por aí, a maior parte das vezes sei lá onde, uma criatura com as perplexidades, os entusiasmos e os desesperos que lhes pertencem. E esta partilha de um fado alivia. (...) Depois cada um morre no seu canto e deixou de ter importância, a morte, porque algo de vivo ficou, uma espécie de luzinha que não se extingue jamais.

António Lobo Antunes

E, ainda parafraseando-o, (escrever) Não é, não sei como dizer, não é um trabalho de inocência (qual trabalho de inocência) é um trabalho de oficina. Fico todo dentro da coisa, a mexer nela. Acordo com ela, deito-me com ela, passo o dia inteiro com ela, ela e eu (é dificil exprimir isto) somos o mesmo organismo, não parte um do outro, o mesmo organismo.

Thursday, February 22, 2007

Demasiadamente euforica e cansada para escrever... mas não desisti, estou aqui! Voltarei mudada, é a melhor mudança da minha vida que me define e é definitivamente o ponto de viragem! Até já!

Tuesday, February 13, 2007

Convido a ouvir...

... Mushaboom (Feist)
... Crying won't help you now (Ben Harper)
... Small song (Lhasa)
... Quase perfeito (Dona Maria)
... Breathe in (Frou Frou)
... Estranha forma de vida (Sam the kid)
... Devil take my soul (Son of Dave)
... Keep you kimi (Yukimi Nagano)
... Love of my life (Santana with Dave Mattews Band)
... It's good to be in love (Frou Frou)
... Keep on hoping (Raul Midon & Jason Mraz)
Enjoy!

Friday, February 09, 2007

As maiores!

Uma litrosa, um cigarrito, bela conversa, belo limpar de alma, belas amigas... as maiores :)

"Não vou dizer que não, que não te quero mais... mas já não há razão para seguir por onde vais"... Ah pois é Lu, cê sabi!!

De recordar a entrada no estabelecimento comercial, ar fino, pagar a jola lol

Coldplay - Fix you

E puff... faz sentido...

Tuesday, February 06, 2007

De repente...


De repente estou a caminho, de repente auto-avalio-me pela auto-estrada, de repente fico exausta entre cordas, de repente como uma francezinha, de repente desço à praia, de repente bebo ginja num copo de chocolate...

E nas entrelinhas do de repente tenho sensações perfeitas, laços de união unívoca que agradeço a vocês, como agradeço ao Universo o pôr do sol da super tubos!!

(Ana, Luis, Cláudia, me, Cat e Rita, a fotografa eheh)

Sunday, January 28, 2007

Little bit happier

Sometimes in life, you are not taking all the chances... or maybe you’re just ignoring them, like if you’re blind. You never take that risk, you’re afraid to ever take off that part of you that confuse people… and yourself. Pretending it’s not there is not a solution; it’s a hide and sick game that may last forever. If you just try to catch a new way you’ll be always happy. Or just a little bit. But it’s worth it.

Saturday, January 27, 2007

"It´s our night!"

by Miles Davis
"I think people like to hear the music and think what they wanna think. But when you play like we play you can think whatever you want. Or you can just relax."
"The media fucked up everybody, you know? You can´t do anything anywhere. No more jam sessions and charing musical ideas (...) Try to play like we do and have it there so you can touch it everytime. Or a little bit."
"I don't like a perfect sound"
"You put that extra thing on every note. You just don't... you just do it like... it has to be important to you, or a melody, you know, you have to treat it like you don't waste any phrases"
"It took me three years to get to the sound again. Some days I'd feel lousy but it came back"
"You see kids like these... (...) they play in between the beat (...) But it's in them, you know, they don't label it"
"When you play against the orchestra you play over (...) It's always a melody between a melody. You just go on and on"
"I don't have that many friends because I don't know what to say to them if I had a lot of friends, you know?"
"If you can't put something in, why get out? Why get in it?"
"I never had any like "I wanna be famous". I didn't have that. I always wanted to be able to be around the musicians that were the best at what they did and to be accepted, you know? And the more you do that, the more you learn. I don't care what the people think. Well, you know, I'm giving, all the time!"

Thursday, January 25, 2007

Mais perto

E quanto tudo falha, quando olho para os teus olhos, aquela fotografia junto de tantas outras, "com saudade", quando me ajoelho em frente do inevitavel, quando sei que já deveria ter vindo aqui para declarar que não estás, que não estarás mais, quando o que te deixo é uma rosa branca e memórias felizes... há alguém que me abraça e diz que está tudo bem, que cada um, a sua ilha, sabe o que faz, porque faz... não quero saber os teus porquês mas encontrei uma nova casa, aí nessa vista para o futuro onde te sinto mais perto...

[obrigada J.só, por teres lá estado, obrigada M. por teres ajudado a ultrapassar, obrigada R. por me teres feito rir: fllirt que é bom...]

Tuesday, January 23, 2007

Amor-te

Olhou-me com a imensidão do mar e pegou na prancha. Navegou-me o dia todo entre lençóis brancos e cobertas encharcadas de risos profanos, por entre os dentes brancos, o esmalte dos amantes. Cocegas por entre as nuvens do sonho, beijos por entre os poros do meu ventre. Bebeste-me por entre as folhas das minhas frases, as virgulas e os meus pontos. Ambos na clara certeza de um paladar misteriosamente sincero, habilmente desconsiderado. Sugaste o meu ar entre os meus cabelos, sugaste-me por entre o teu despertar. Amor-te (e só podia ser eu, "és meu"...).

Friday, January 19, 2007

Congresso solitário

Um dia em Belém. Quando aquela água do Tejo suavemente se junta ao monumento. Pensar em tudo e em nada, ou pensar em nada com tudo ou em tudo com nada. Talvez mais a última... Quando nos auto-avaliamos tornamo-nos mais seguros e melhores. Doi, tudo dói. Mas sabemo-nos muito longe da realidade que fomos. Depois é só esquecer...

"Congresso de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo
Querela de aves, pios, escarceu.
Ainda palpitante voa num beijo
Donde teria vindo? (não é meu...)
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandato de captura ou de despejo?"
- Alexandre O'Neil

Monday, January 15, 2007

Há quem saiba...

"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
Tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensava decepcionar-me,
mas também já decepcionei alguém.
Já abracei para proteger.
Já dei gargalhadas quando não podia.
(...)
Já fui amado e não soube amar.
(...)
Já chorei a ouvir música e a ver fotografias.
Já liguei só para ouvir uma voz,
Já me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que ia morrer de tantas saudades.
Já tive medo de perder alguém especial
(e acabei por perder!).
Mas sobrevivi.
(...)
A vida é muito para ser insignificante!"

Charles Chaplin

Sunday, January 14, 2007

Poder?!

Olhava para o lado de lá da janela enquanto ele falava... Um monólogo, ele seria o único a decifrar as suas próprias palavras. Decidi sair e virar-lhe as costas, mesmo sentindo-me impotente perante uma ruptura, mesmo sentindo que ninguém tem o poder suficiente para ser feliz e, no caso específico do amor, não há feminismos, machismos ou que tais que se sobreponham ao ideal de felicidade. Saí para a rua, pés na estrada. A rua repleta de seres desinteressantes por si só, almas abandonadas ao dia. Ouvi-a palestrar sobre mulheres. As mulheres. A sua relevância na música e na vida. Chicks on speed, ouviam intercaladamente, girls monster... Algumas, a nata do pós-punk... outras dispensáveis, acrescentei num sussuro. As mulheres e os homens não são nada perante o fruto do disperso sentimento. Vi-o sair também; Olhar para mim, dar aquela sensação de que não me queria deixar partir. Virei-lhe as costas e caminhei na direcção do sol. Sem rumos, sem rumo... Palavras eclodiam enquanto momentos se espalhavam pelo rastejar do meu cérebro e enquanto ele gritava o nosso poema, o nosso Jorge Amado, "Também de meu amor precisas para ser feliz, desse amor de impurezas, errado e torto, devasso e ardente, que te faz sofrer." Enfureci-me e cerrei os punhos. Mas não me virei. Parei para me conseguir concentrar no peso da minha fúria e na subtileza da sua razão. Segui.
Anos depois, após a minha luta desenfreada pelo conhecimento dos caminhos do mundo, encontrava-me na mesma rua, no mesmo local onde podia até sentir o calor onde deixei a minha raiva. Pensei no histerismo e graça dos jovens a que se refere Mafalda Ivo Cruz, uma projecção de nós próprios. E ali estava eu, projectada no desconhecimento de mim própria e do suor do mundo, enfurecido pelos brindes não feitos, pelas garrafas de Bordeaux não bebidas, pelos mundos não girados, pelos amores contornados... Ali estava eu entre almas na certeza de que o mundo tem as nossas casas, lacunas inegáveis, mas locais onde voltar é o mais perfeito e singelo reencontro.