Tens de ter um momento, um só momento, em que tudo te passa à frente dos olhos e, ou te identificas, ou não te identificas. Se te identificas, se queres, luta. Não fujas, luta. Se não queres, lutas por ti, por seres tu, sozinha. Porque aos 23 (ou aos 60!) não temos de considerar a liberdade atada à sensibilidade do não ser, do não sentir, não paixão, tens de considerar a liberdade de seres tu, porque sim, a todo o tempo. Não somos nós nas horas vagas do tipo-sociedade. Somos nós nos meandros do ser-social que tipificámos nas entranhas de um amor terreno por nós próprios, pelos nossos hábitos e considerações, pela voz da nossa razão, tão especialmente integrada no ser-ser.
Seres tu, por mais lugar-comum que isso agora te possa parecer, por mais balela, por mais cabra insensível que se possa ouvir enquanto "piropo" pelas estradas daí.
Tenho vontade de te abraçar, abraçar o ser que nasce por entre as tuas lágrimas verdes. Não precisas de nada. És suficiente e a vida como a podes ter nunca será "suficiente" para ti: será deliciosa.
1 comment:
És um doce... E admiro a tua capacidade de seres em todos os segundo, em todos os sorrisos, sempre, tu própria
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