Tuesday, March 03, 2009

Lições de vida

[não vou viver como alguém que só espera um novo amor...]

Sim, sempre fui uma apaixonada pela palavra, pelos amigos e pelo mundo. Sempre fui uma incentivadora do "não te conformes" como quem entra pelos meandros dos cérebros e os impede de parar de jogar. Não que acredite que todos podemos ser genuinamente bons, todos somos genuinamente nós, nem bons nem maus, dependendo do ângulo da situação, mais ou menos criticáveis, mais ou menos desculpáveis ou mesmo responsáveis, por eles e pelos nossos "nãos". Acredito no conhecimento e no desconhecimento, acredito que podemos dar a imagem certa e a errada, que dependerá sempre muito e pouco de nós: momento, ambiente e olhar limam as arestas destes poderes. O amor não é vão, mas tmbém a sua essencialidade depende do mesmo que os encontros, mas com o bónus "trabalho", a ocasião não chega. O que arrepia o comum dos mortais é a leviandade de não se saber ser livre, a incapacidade de compreender que estamos para além, mais além, na maturação do além, que é a solidão. Estarmos connosco próprios não é sequer uma forma de solidão, menos ainda de isolamento, é uma forma de auto-conhecimento, luto, estratégia e envolvimento com o resto do mundo, o material e o mais, sem a partilha intrínseca a uma relação amorosa, mas também sem a partilha das olheiras e da irritação matinal. Sermos nós, sem medo de chegar a casa e só ver a parede pinta de azul sem o sorriso de alguém, é um passo de força, é um caminho profundo. Seja.

[... Há outras coisas no caminho aonde eu vou; As vezes ando só, trocando passos com a solidão; Momentos que são meus e que não abro mão...]

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