Monday, November 12, 2007
Ser
Estou aqui, perdida. Talvez, perdida de confusa, quem sabe. Não estou triste, quem sabe um pouco desiludida com a vida que me mostra mais encantos do que aqueles que mereço em cada passo que dou. Foi como uma dádiva, eu que engravidei dela, que me dei a ela, eu e ela, o mesmo organismo. Dou-me às verdades, elas também grávidas de mim, elas, mais do que secundárias, o que mais me orgulho de, às minhas custas, querer seguir e querer perscrutar. Parar para ouvir o teu coração. Parar. Ouvi-lo. Saber que calmamente bate por mim e que eu calmamente bato dentro de ti, um pulsar constante e arrependido que nasce com força. Ser eu, seres tu, não cabe aqui. Ou melhor, caberá aqui enquanto não couber em mais nenhuma parte do mundo. Tu cabes em mim mas eu não posso pertencer a lado algum, sou como uma cidadã de um mundo que não quer pertencer-lhe. Não me conheces. Ou conheces? Eu não me conheço e não posso dizer-te quem sou porque nunca sei embora esteja sempre a dizer que acho que sei ou que acho que quero saber sem querer... Gosto, de ti, de ser. Gosto de sermos. Seremos. Enfim.
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