Existo. Sinceramente, existo mas nem sempre. Existo quando me quero, existo quando me quero querer. Ser ou existir, o pseudónimo que crio enquanto me olho do outro lado da janela, recrio o que gostava de ser quando não sou ou só existo. Tudo porque por vezes, realmente, apenas sei que acontece sentir, mas mesmo assim, avaliado com o peso do tempo, parece-me tudo pequenas ficções que eu criei e que criaram para mim. É verdade que deixo criarem, talvez. Deixo. Porque quero ser, percebes? Quero ser mas não sei se sempre sou. Mas fui. Às vezes fui.
[“Eu sou a sensação minha. Portanto, nem da minha própria existência estou certo”.]
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