Monday, November 30, 2009

Uma princesa em crescimento

Cresci. Um ano? Quero ser sempre mais madura - e continuar refrescante - tenho a estúpida sensação de querer mais, "mais" uma coisa qualquer, mais um mais, na vida e no sonho, conjugação de idiotas. Os verdadeiros. Como eu. Ando constantemente em linha curva, conheço o caminho mas desvio-me sempre que posso, espalhar uma semente em novos rumos e aventurar-me por tantos outros espaços a plantar. Está na hora de decidir. Dá-me por favor o conceito de linha recta.

Friday, November 27, 2009

Let the games begin!

Agora é que veremos a força de uma antevisão...

Wednesday, November 25, 2009

És uma pessoa feliz? Disse...

Dificilmente te poderia responder em palavras, terias de acompanhar os meus dias, a passo, e reter-te na minha retina. No entanto, posso adiantar-te (fazemos isto em contrato?) que tendo a ser feliz. É deste sangue que me corre nas veias que desata gargalhadas no trânsito e enrola um dia mau no mimo de um amigo que tem sempre um sorriso por lançar. Os dias maus compõem a arte - tenho sempre alguém a lembrar - e o ser de hoje compõe a pauta do de amanhã.
Sei que não te responderei nunca, mas vale pelo sorriso que me pregaste ao perguntar. Sabes bem!

Tuesday, November 17, 2009

Tudo o que vier...

Tentarei escrever tudo o que chegar... como se não houvesse filtros entre mim e este leitor que não se identifica como leitor mas que aqui se reconduz enquanto tal. O "meu" leitor, pode ser... Deixo-me embalar, mas, repara, não me embalo verdadeiramente, apenas deixo o som percorrer-me, talvez, para fazer a crítica dos sons, como se eu fosse assaz na arte, ou nas palavras que possam descrever um som que nos enrola ou nos repugna ou passa sem passar. Sem sustos: nem repugna nem passa só por passar. So far so good, parece que não te habituei nem a ser tão parca nem a ser tão tímida. O meu mundo pode disparar que eu sorriria agora, porque me sinto consumida. Podia jurar que se estivesses aqui guerrearíamos com almofadas enquanto saltávamos ao som que enviaste. Não estás. Mas será que consegues captar esse sentimento?! É como uma pequena felicidade infantil: saltar num colchão e destruir almofadas. Entendes(-me)?
Imagino-vos repetidamente a entre olharem-se nas gravações e sinto-me uma pequena expectadora ao canto, a apreciar a magia da criação. Não estou a bajular nenhum encanto transmitido (acho que adquiriste já aquele conhecimento da minha pessoa que te permite compreender que nasci sem esse poder), estou apenas a deixar escapar por uma ruela qualquer a critica que não sou pela pessoa que se revela só depois das onze da noite. E acho piada à forma como te colocas em frente do microfone. Só porque sim. Como as almofadas e o som: só porque sim.
Right to outer space!

Friday, November 13, 2009

Vem.

Rasga as minhas intemperies. Para que as queremos, estão a bloquear o meu caminho. Rasga o meu caminho, refaz a minha estrada. Entranha-te. Entranha-me... Simplesmente deixa correr o suco deste ardor violento, apaixona-me. POR FAVOR, apaixona-me. Deixa-te desses balanços sem alma, quem os quer? Para que os quer? Viola essas regras a que te impuseste e vejamos o sol de uma varanda, porque sim e porque não, enquanto rebolamos num canto qualquer. Repara: num canto qualquer. Qualquer que seja nosso, qualquer onde possamos voltar.

Tuesday, November 10, 2009

Aniversários

É engraçado o quão formatados estamos. Reparem, não é um insulto, é uma realidade que constato a sorrir. Facilmente me empenho em dar os "parabéns" a alguém quando faz anos, obviamente é uma convicção social que abraçamos com carinho. Às vezes apeteceria dar parabéns por outras datas, mas não as correntes. Imaginem um mundo em que digo "parabéns, faz hoje 2 anos que me fizeste chorar a rir a noite toda", "parabéns, faz hoje um mês que me deste o abraço mais envolvente da minha vida", ou "parabéns, faz hoje 20 anos que deixaste de enrolar o cabelo com a ponta dos dedos". Sim, reconheço a impraticalidade e o ridículo, no entanto era refrescante... às vezes, gostava de entrar na loucura de um livro do Saramago.
p.s. Parabéns Rua Sésamo!

Friday, November 06, 2009

Bons dias.

Hoje nem está sol. Não há vento que me arraste nem nada que me abafe a alma. Tranquilidade, diria. Estranhamente tranquilo. Não há nada que me desagrade nesta tranquilidade, um segundo intenso pode mudar tudo ou não e we can dance the funky chicken quando nos apetecer, se efectivamente nos apetecer mudar o curso deste, não mais que, "silêncio". É nestes dias calmos e simples que não há limites, temos sempre a sensação de que não somos arrebatados pelo presente, no entanto é mais um dia que nos faculta a consciência de que ele existe e que nem o passado nem o futuro têm o poder de ser mais importantes.

Hoje é hoje. Para onde nos leva?

Monday, November 02, 2009

Visões

Hoje tive um pesadelo. Daqueles que nos testam e nos fazem acordar a suar... facilmente compreendi que não passava de um sonho, no entanto, naquilo que me era mais profundo, também compreendi que tantas e tantas vezes temos dificuldade em, enquanto estamos acordados, perceber o que é efectivamente real e o que não passa de pequenos sonhos irreais. No fundo, temos tendência a alojar em nós uma certa vontade de que tudo seja real e verdadeiro. Não é. Há que aprender: a ti também te mentem, a ti também te enganam, nem todos os sorrisos são sinceros, nem todos os toques têm a força de inspirar-te um dia feliz. E daqui podem advir duas conclusões: ou a desilusão ou a compreensão do mundo. E o que seria de nós sem ambas.

Saturday, October 24, 2009

Inesperado

Entrei naquele espaço. Tentei compreender as gargalhadas agarradas às paredes e o mundo entre elas. Encontrei imagens de uma realidade desconhecida e perguntei de quem era aquele ar. Visitei os armários e os lençóis, precipitei-me nas gavetas, encontrei um recôndito ponto escuro de uma sobrevivência aventureira de ser o que fazer. Estiveste sempre atrás de mim, não limitaste a minha busca, muitas vezes orientaste a minha mão. Talvez tenhas mesmo indiciado o meu tacto e lhe tenhas indicado o (meu) caminho. Não foi por acaso, prendias na luz do candeeiro um olhar novo e também querias saber onde eu ia e onde eu permaneceria, se não me pedisses para ficar. Olhaste-me carinhosamente e sorriste como uma criança, uma delícia de framboesa na forma como a tua mão absorvia o meu rosto ao passar.

Todos nós, todos, nos assustamos com a profundidade. Todos ficamos confusos e baralhados com o not suppose to be, no entanto, entre fugir e lutar, porque é que preferes fugir?

Friday, October 23, 2009

Foi hoje!

Não é todos os dias... acordar e conseguir entender o aconchego... abrir um sorriso como se abre uma persiana. Sentir o frio na espinha e ser inundada pela água quente do banho... Não é todos os dias que já acordamos felizes.

Thursday, October 15, 2009

Tenho(-te) tempo.

Queria pedir desculpa. Pedir desculpa ao tempo, vivo a vida a desdobrá-lo, a apoderar-me de todos os segundos para os fazer meus. Em cinco minutos consigo rodar o universo. Eu se fosse o tempo sentia-me desafiado, enroscado, encostado à parede. Eu imponho-me, tempo. Façamos esse braço de ferro. Quero-te para escrever furiosamente um parecer, para abraçar um amigo, relaxar numa massagem, comprar uma carteira ou dar uma risada numa esplanada à beira rio. Espero, sempre (e para sempre) conseguir desafiar-te. Nada me dá mais prazer. E quando o cansaço vier, fala tu com ele, diz-lhe que espere à porta.

Friday, October 09, 2009

...

Este fim de semana vou viver. Beber com os meus amigos, envolver tudo num sorriso e num abraço, encontrar uma festa de sabores, ler uma obra prima e deleitar-me com os meus lençóis. Este fim de semana vou viver.

Thursday, October 08, 2009

Tu.

Encontrei-te na rua. Não sei. [Foi quando mesmo?!] Diz-me a data em que te surripiaste. Eu disse-lhe que talvez quisesse chorar o que não te disse que por definição deveria ter sido dito mas que entendi através do silêncio.
Não sei.
Desconheço.
-te.
Encontrei-te na rua. Vi quando te sentaste. Gritavas amarguras por ver apenas a vida passar. Nunca a tentaste parar. "Mas que dúvida é essa de que poderia fazer qualquer outra coisa que não parar, por mim", porque eras tu e por ti pára [ou não pára?!].
Deixa-me, pela primeira vez, ensinar-te um pedaço de ser:
Não há, não haverá, milagres isolados. Acredito que eles acontecem quando agarramos a corda do tempo e os puxamos até nós. Acredito no amor, assim como acredito que as árvores crescem. Acredito na aventura de um ser constantemente em crescimento, assim como acredito que, na estação apropriada, todos os campos se cobrem de flores. Acredito na espera e na batalha, nos gritos e na confusão, na paz e na luta, acredito no tempo. No cada-coisa-a-seu-tempo. Mas acredito, mais, que somos nós que definimos o tempo. Ninguém vai lutar por ti, chorar por ti, morrer por dentro por ti, desistir por ti, virar uma página por ti. Tu és tu. O teu corpo, o teu sexto sentido e o teu sorriso quando partes e olhas para trás. Tu serás tu, sempre, por mais folhas que caiam, por mais que caias, por mais que te levantes. Tudo o resto é sonho. A diferença é a realidade que lhe atares. Atas? Já?

Tuesday, October 06, 2009

Mentiras perdoáveis

Invariavelmente, puxo-te para mim. Talvez o possa chamar de descontrolo: apetece-me arrastar-te, envolver-te, cheirar os teus cabelos, rebolar na tua pele, (in)compreender contornos que desaparecem... Somos estúpidos, nós, aqueles. Encaramo-nos como privilégios de uns privilegiados que não são privilegiados, mas que privilegiamos sem que mereçam. Entregamo-nos. E porque é errado soltamos mentiras à rua, vomitamo-las pela janela mas no fundo, no fundo, não há nada que queiramos mais que o errado. E sabe tão bem!

Monday, September 28, 2009

Vital

Há dias em que captamos a realidade, em que a colocamos no ponto de saturação em que podemos dissecá-la e completá-la e entendê-la. Não nos colocamos em nenhum ponto de onde devamos seguir um caminho ou outro ou onde devamos sequer seguir uma coisa qualquer. Auto-colocamo-nos, somente, na compreensão de nós próprios. Bem, o que importa, verdadeiramente, é que o mundo nos pareça aquele lugar onde pertencemos, de onde corremos ao futuro, de onde as expectativas se completam. E, como te disse, decidi que o que é vital é que consiga sempre perceber onde estão as coisas importantes e defendê-las acima de tudo. Defender com trabalho o meu trabalho, defender com amizade as minhas amizades, defender com vida a minha vida. Tudo o resto é a paisagem do dia, pela qual lutamos com mais ou menos força, com mais ou menos convicção, na sabedoria efectiva de que há meios, tantos meios, para perseguirmos o que nos torna nós, quem nos torna nós, quem nos mantém. Se todos compreendessem isso, a atmosfera poderia, por um dia, who knows, cheirar a paz.