De uma forma ou de outra, eis que a compreensão limpa os pés no nosso tapete da entrada. Assim, confiante, à espera de uma reunião. O nosso escritório pode ainda estar em obras, pode parecer a casa da desorganização, mas não está desinteressado de trocar ideias. Vemo-nos, o todo, entre uma espécie de abono e uma chuva miudinha, e oferecemos à compreensão toda a panóplia de instrumentos que necessita de nós. E puff: compreendemos.
Não é necessário muito, apenas um toque qualquer no ombro, olhamos de frente o que olhávamos de soslaio, dão-nos a entender o que quer exactamente dizer "bloqueio" ou "ainda estás aqui?" e penduramo-nos, já menos suspensos, na caminhada longa que os Pirinéus deixem. Ora, eu subia. Hoje subia-os. E levava a compreensão comigo, junto de vocês (não se sintam preteridas... mais que meras bengalas visuais da minha vida), das minhas melhores amigas. Lá em cima, no topo, parava para me oscultar e dar corda à minha respiração. Pensava: "Foste tu?" e a compreensão poria o dedo na minha boca, invocava o silêncio, e conquistava-me ancora di piú.
1 comment:
Muito gracioso este texto e termina num final perfeito. Gosto cada vez mais do que escreves moça... tens veia que desconhecia.
Todo lo que dices me hace pensar de una manera diferente.
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