Thursday, July 30, 2009

Aqui.


É neste T0 que eu vou estar depois de amanhã... E a semana que não passa...

Monday, July 27, 2009

Porque me abriste a porta e pelo resto que importa...

Parabéns, é para ti!

Wednesday, July 22, 2009

S.

A vida é feita de pneus e alcatrão. Que estranha sensação de que nunca foi tão verdade. A vida é feita da estrada e de nós, envoltos, enrolados, cheios (ou não) de papel de lustro e cor, rodeados de uma flor de lótus desgraçada, um azul tipicamente louco de verdades e mentiras e saberes e não saberes e prazeres e toques e "não me toques!". A vida... [gargalhada] [suspiro]

Tuesday, July 21, 2009

Táxi

Sento-me e observo. Poucas vezes olhamos tudo o que nos rodeia com olhos de ver, descobri edifícios naquela avenida onde "passei a minha vida" num só passeio. Parece estranho mas raramente vemos. O olhar sobre o vidro pode parecer um desvio do retrovisor ou apenas um rasgo de clarividência, uma margem para duvidar do que conhecemos, que afinal não conhecemos apenas porque sempre achámos que conheciamos. Não conheço as ruas onde passo e não me questionem a cor dos prédios. Normalmente estou a ver-me mais a mim, análises sem força, análises diárias, análises... Mas dediquei-me a ver o tempo passar entre as colunas de automobilistas, a vê-lo rajar-me nos prédios e percorrer a cidade com uma pressa de quem pára. Inevitável a sensação de bolha, de um preenchimento estranho e sem sentido. Um preenchimento desprovido da minha comum sensação de corropio de ideias.
"5 euros e trinta e cinco".
E a porta aberta é o mundo real. Pé de fora...

Thursday, July 09, 2009

Silêncio

Por vezes, em momentos mais ou menos conscientes, tenho vontade que os sons se apaguem e que o seu regresso seja progressivo e selectivo. Gosto do piar dos pássaros.

Monday, June 29, 2009

Segundos

Não gosto do dia de hoje. Porque quando cheguei acendi a luz, porque a folhas que vejo da minha janela acenam naquele lento caminhar de uma manhã de Inverno. Não deveria queixar-me da adequação subtil ao meu estado de espírito, afinal a Natureza parece compadecer-se da minha dor (e não apenas na do joelho e dos braços). Realmente, num segundo, por um segundo, em que vemos a nossa vida rodar (literalmente) e nos apercebemos que somos frágeis, que somos pequenos pensantes, vulneráveis. Muitos assuntos vieram à minha mente num segundo, imagens, sonhos, dias, pessoas... e quando parei do outro lado da berma não chorei, apenas respirei fundo e tentei acreditar que tudo estava bem. Ou iria estar. Depois.

Thursday, June 25, 2009

FYI

O homem mais giro e com mais piada do mundo faz hoje anos.

Oito.

:)

Wednesday, June 24, 2009

A ver

E é todo um mundo novo, e é toda uma nova experiência... e é muito trabalho =) quando puder estarei de novo em partilha bloguista! Até lá!

Tuesday, June 09, 2009

Vitória

E uma brisa sobrevoou-me o peito. Um inspirar profundo do meu olhar terreno e pouco alheado. Os pensamentos de outrora transformam-se agora em matéria e a mão inimiga da astúcia de viver num principesco e surreal sonho, puxou-me o pé no princípio do voo. Entrei numa chuva de soluços. Quase desisti.
Num fôlego o ardor da mudança tomou-me de assalto, criou a resistência ao choque e eu atirei-me contra a parede. E a queda foi menos dura do que aparentava, a dor foi menos corrosiva do que a expectativa. E a mudança chegou. E a experiência arrastou a cura, onde o ónus é sempre nosso: sim, o ónus foi sempre meu.

Friday, June 05, 2009

É...

Te olho nos olhos e você reclama...
Que te olho muito profundamente.

Desculpa,
Tudo que vivi foi
profundamente...

Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De eu me inventar de novo.

Desculpa se te olho profundamente,
rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto de ver a estrada...
Antes dos seus passos.

Eu não vou separar minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;

Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."


Elisa Lucinda

Thursday, June 04, 2009

Agora: certeiro e verdadeiro.

"Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se o não fizerem ali?"

Fernando Pessoa, Livro do Desassossego.

Wednesday, June 03, 2009

Frases de rasgar sorriso...

"Fazia o que tu quisesses só para te poder ver nua... (...)
Disseste que se eu fosse audaz tu tiravas o vestido, e o prometido é devido!"

Monday, June 01, 2009

O único modo de escapar ao abismo é observá-lo, e medi-lo, e sondá-lo e descer para dentro dele
"Il Mestiere di Vivere", Cesare Pavese

Vir a Lisboa

Não somos os mais acolhedores, eu admito, não somos os mais simpáticos, não acenamos na rua e quando não vemos uma pessoa há muito tempo temos o pudor da capital em não falar. Todas as cidades têm o seu entendimento e assim vivemos no encontro prazereiro de quem amamos, esquecemos o resto. Não há mal nem bem, não há odes ao norte nem ao sul. Odes seremos nós, cada um na sua raiz, odes seremos nós se entendermos que elas não existem e que, cidadãos do mundo, estamos em comunhão connosco quando estamos em comunhão com os braços abertos ao espaço.
Adoro receber-vos. Adoro receber na minha casa, a minha cidade. Amo Lisboa. Os recantos. Os rostos. A mescla de alguns espaços. Quem não se encanta a ver a luz do Tejo em tardes de sol?! Tenho os meus sítios, partilho-os. Adoro receber os amigos do Porto (cidade pela qual tenho uma peculiar paixão) de braços abertos na capital nocturna e esperar alcançar um pouco de paz naquele terraço que eu gosto de sentir só meu. Tenho pena que tudo seja tão fugaz, que não vos possa reter mais... Quero mais abraços nortenhos, tenho saudades.

Tuesday, May 26, 2009

Alcance

Muitas (tantas!) vezes, queremos expor uma ideia, convencer, e simplesmente não somos capazes. Queremos dizer alguma coisa, mas mais fácil seria imprimirmos num abraço o ideário que nos passa na cabeça. A mente perfura todos os caminhos, tentando descortinar se ainda somos capazes, arrancar cabelos à toa e os pés a moverem-se de forma desconcentrada. É assim que me sinto, impotente. Quero gritar aos teus ouvidos tudo o que és, tudo o que significas, o teu sorriso de iluminar o mundo, de remover a pedra dianteira, os teus sapatos de biqueira de aço, tão certeiros e justos. Olha à tua volta. Não vou infectar-te com a doença do "o céu é azul" mas... não é que é mesmo? Não é que o vemos mesmo? Não é que nos entretemos como conseguimos e resta o nada porque mesmo alguma coisa nos parece nada, e queremos sempre mais para lhe chamarmos mais-do-nada depois? Está dentro de nós. Está perdido profunda e sinteticamente naquele lugar que não alcançamos mas... não faz mal receber a mão que vem de fora, pentear o cabelo de forma nova, sorrir com os dentes da alma e compreender que a vida, como a sonhámos, pode não estar aqui. Mas o futuro... bem, o amanhã é nosso.