Não somos os mais acolhedores, eu admito, não somos os mais simpáticos, não acenamos na rua e quando não vemos uma pessoa há muito tempo temos o pudor da capital em não falar. Todas as cidades têm o seu entendimento e assim vivemos no encontro prazereiro de quem amamos, esquecemos o resto. Não há mal nem bem, não há odes ao norte nem ao sul. Odes seremos nós, cada um na sua raiz, odes seremos nós se entendermos que elas não existem e que, cidadãos do mundo, estamos em comunhão connosco quando estamos em comunhão com os braços abertos ao espaço.
Adoro receber-vos. Adoro receber na minha casa, a minha cidade. Amo Lisboa. Os recantos. Os rostos. A mescla de alguns espaços. Quem não se encanta a ver a luz do Tejo em tardes de sol?! Tenho os meus sítios, partilho-os. Adoro receber os amigos do Porto (cidade pela qual tenho uma peculiar paixão) de braços abertos na capital nocturna e esperar alcançar um pouco de paz naquele terraço que eu gosto de sentir só meu. Tenho pena que tudo seja tão fugaz, que não vos possa reter mais... Quero mais abraços nortenhos, tenho saudades.
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