Thursday, December 24, 2009
E tal como há um ano atrás...
Se não nos virmos, um Feliz Natal.
Wednesday, December 23, 2009
Monday, December 21, 2009
Dias
Queria baixar as defesas... mas não consigo.
"Não me sinto, não estou apaixonada por ti..."
"Não me sinto, não estou apaixonada por ti..."
Wednesday, December 16, 2009
Amor próprio
Descobri, no meio da rua, naquele saco, o meu amor próprio. E já estava amachucado. Engoli o sopro profundo numa suavidade natural, pesquei o sentimento e tive gritos a atirar ao ar. Descobri nele que o bom da vida é viver, mais nada! Seja com um tabuleiro, dois ou vários, o importante é que queiras o que queres, que te estrutures para querer, e te embrulhes de ti próprio, do teu cheiro, dos teus amores e dos outros, que te descasques das pudiquices de uma vida-não-vida, sociedades a que somos alheios, a que deveríamos ser alheios. Que nos engolamos a nós. Que, a partir daí, possas sugar-me a mim.
Deixa de usar barómetros. Vamos atirar a cabeça para trás. Não dês definições ao pensar no descobrir no que atrai. O que atrai é o dever do corpo, o respirar insano, o querer, querer tudo, o mais, sem o medo do viver amanhã. É hoje querer uma cocega e amanhã um olhar profundo, é hoje amar a ponta do cabelo espigado e amanhã querer puxar pela cintura. Não me arrastes, eu não te arrastarei. Cada um seu espelho, seu amor, sua linha. Não me completes, preenche-me.
E deixa as palavras à porta. Quem precisa, aqui, de falar? Há palavras que não existem, há terminações que não são e por alguma razão ainda não inventaram som para as reticências. Não tenhas receio de sermos três pontos.
Mas se tiveres, se não mergulhares no lençol branco em que nos deitamos, deixa-me sozinha. Não sei dar-me em partes. Pensa longe, que eu longe vou esperar. Ou não. Não somos absolutos mas o nosso corpo é pleno e aquele que se desmantela terá de apanhar os cacos, em algum momento, sozinho, depois. Tenho dúvidas, tenho receios, mas tenho um trilho. Se não tens um trilho senta-te e espera: encontramo-nos mais à frente. Mas, nessa altura, se houver essa altura, corre. A muitos trilhos ocorrerá juntar-se a nós.
Somos nós. Humanos. Não há garantias.
Monday, December 14, 2009
Manhã
Perguntei à manhã pelo desalento de um povo. Rocei-me-lhe um sorriso ténue para onde o sol franziu o sobrolho. Como desconhecendo o universo das figuras (ou peões), o meu lábio de cima rasgou o dia pelo gélido sonhar de um tempo sem tempo.
Perguntei por mim à manhã e ela menos tal desconhecia.
Perguntou-me por mim, e num esconderijo de infantes pedi-lhe: "preciso que me encontres primeiro".
Suguei para ti a manhã, com ultraje e reprovação, e não foi o meu riso profundo que confirmou o calor, o teu braço suspeito finalizou o sugar, enroscou a minha cintura e levou-me a banhos por aí.
Perguntei por mim à manhã e ela menos tal desconhecia.
Perguntou-me por mim, e num esconderijo de infantes pedi-lhe: "preciso que me encontres primeiro".
Suguei para ti a manhã, com ultraje e reprovação, e não foi o meu riso profundo que confirmou o calor, o teu braço suspeito finalizou o sugar, enroscou a minha cintura e levou-me a banhos por aí.
Thursday, December 10, 2009
Thursday, December 03, 2009
Doce memória
"Piano buttons, stitched on morning lights.
Jazz wakes with the day,
As I awaken with jazz, love lit the night.
Eyes appear and disappear,
To lead me once more, to a green moon.
Streets paved with opal sadness,
Lead me counterclockwise, to pockets of joy,
And jazz..."
Jazz wakes with the day,
As I awaken with jazz, love lit the night.
Eyes appear and disappear,
To lead me once more, to a green moon.
Streets paved with opal sadness,
Lead me counterclockwise, to pockets of joy,
And jazz..."
Monday, November 30, 2009
Uma princesa em crescimento
Cresci. Um ano? Quero ser sempre mais madura - e continuar refrescante - tenho a estúpida sensação de querer mais, "mais" uma coisa qualquer, mais um mais, na vida e no sonho, conjugação de idiotas. Os verdadeiros. Como eu. Ando constantemente em linha curva, conheço o caminho mas desvio-me sempre que posso, espalhar uma semente em novos rumos e aventurar-me por tantos outros espaços a plantar. Está na hora de decidir. Dá-me por favor o conceito de linha recta.
Friday, November 27, 2009
Let the games begin!
Agora é que veremos a força de uma antevisão...
Wednesday, November 25, 2009
És uma pessoa feliz? Disse...
Dificilmente te poderia responder em palavras, terias de acompanhar os meus dias, a passo, e reter-te na minha retina. No entanto, posso adiantar-te (fazemos isto em contrato?) que tendo a ser feliz. É deste sangue que me corre nas veias que desata gargalhadas no trânsito e enrola um dia mau no mimo de um amigo que tem sempre um sorriso por lançar. Os dias maus compõem a arte - tenho sempre alguém a lembrar - e o ser de hoje compõe a pauta do de amanhã.
Sei que não te responderei nunca, mas vale pelo sorriso que me pregaste ao perguntar. Sabes bem!
Tuesday, November 17, 2009
Tudo o que vier...
Tentarei escrever tudo o que chegar... como se não houvesse filtros entre mim e este leitor que não se identifica como leitor mas que aqui se reconduz enquanto tal. O "meu" leitor, pode ser... Deixo-me embalar, mas, repara, não me embalo verdadeiramente, apenas deixo o som percorrer-me, talvez, para fazer a crítica dos sons, como se eu fosse assaz na arte, ou nas palavras que possam descrever um som que nos enrola ou nos repugna ou passa sem passar. Sem sustos: nem repugna nem passa só por passar. So far so good, parece que não te habituei nem a ser tão parca nem a ser tão tímida. O meu mundo pode disparar que eu sorriria agora, porque me sinto consumida. Podia jurar que se estivesses aqui guerrearíamos com almofadas enquanto saltávamos ao som que enviaste. Não estás. Mas será que consegues captar esse sentimento?! É como uma pequena felicidade infantil: saltar num colchão e destruir almofadas. Entendes(-me)?
Imagino-vos repetidamente a entre olharem-se nas gravações e sinto-me uma pequena expectadora ao canto, a apreciar a magia da criação. Não estou a bajular nenhum encanto transmitido (acho que adquiriste já aquele conhecimento da minha pessoa que te permite compreender que nasci sem esse poder), estou apenas a deixar escapar por uma ruela qualquer a critica que não sou pela pessoa que se revela só depois das onze da noite. E acho piada à forma como te colocas em frente do microfone. Só porque sim. Como as almofadas e o som: só porque sim.
Right to outer space!
Friday, November 13, 2009
Vem.
Rasga as minhas intemperies. Para que as queremos, estão a bloquear o meu caminho. Rasga o meu caminho, refaz a minha estrada. Entranha-te. Entranha-me... Simplesmente deixa correr o suco deste ardor violento, apaixona-me. POR FAVOR, apaixona-me. Deixa-te desses balanços sem alma, quem os quer? Para que os quer? Viola essas regras a que te impuseste e vejamos o sol de uma varanda, porque sim e porque não, enquanto rebolamos num canto qualquer. Repara: num canto qualquer. Qualquer que seja nosso, qualquer onde possamos voltar.
Tuesday, November 10, 2009
Aniversários
É engraçado o quão formatados estamos. Reparem, não é um insulto, é uma realidade que constato a sorrir. Facilmente me empenho em dar os "parabéns" a alguém quando faz anos, obviamente é uma convicção social que abraçamos com carinho. Às vezes apeteceria dar parabéns por outras datas, mas não as correntes. Imaginem um mundo em que digo "parabéns, faz hoje 2 anos que me fizeste chorar a rir a noite toda", "parabéns, faz hoje um mês que me deste o abraço mais envolvente da minha vida", ou "parabéns, faz hoje 20 anos que deixaste de enrolar o cabelo com a ponta dos dedos". Sim, reconheço a impraticalidade e o ridículo, no entanto era refrescante... às vezes, gostava de entrar na loucura de um livro do Saramago.
p.s. Parabéns Rua Sésamo!
Friday, November 06, 2009
Bons dias.
Hoje nem está sol. Não há vento que me arraste nem nada que me abafe a alma. Tranquilidade, diria. Estranhamente tranquilo. Não há nada que me desagrade nesta tranquilidade, um segundo intenso pode mudar tudo ou não e we can dance the funky chicken quando nos apetecer, se efectivamente nos apetecer mudar o curso deste, não mais que, "silêncio". É nestes dias calmos e simples que não há limites, temos sempre a sensação de que não somos arrebatados pelo presente, no entanto é mais um dia que nos faculta a consciência de que ele existe e que nem o passado nem o futuro têm o poder de ser mais importantes.
Hoje é hoje. Para onde nos leva?
Hoje é hoje. Para onde nos leva?
Monday, November 02, 2009
Visões
Hoje tive um pesadelo. Daqueles que nos testam e nos fazem acordar a suar... facilmente compreendi que não passava de um sonho, no entanto, naquilo que me era mais profundo, também compreendi que tantas e tantas vezes temos dificuldade em, enquanto estamos acordados, perceber o que é efectivamente real e o que não passa de pequenos sonhos irreais. No fundo, temos tendência a alojar em nós uma certa vontade de que tudo seja real e verdadeiro. Não é. Há que aprender: a ti também te mentem, a ti também te enganam, nem todos os sorrisos são sinceros, nem todos os toques têm a força de inspirar-te um dia feliz. E daqui podem advir duas conclusões: ou a desilusão ou a compreensão do mundo. E o que seria de nós sem ambas.
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