Quem diria que eu faria a reforma do tempo. A reforma dos dias. De todos os dias, mas especialmente de alguns... isso deixa-me feliz. A passagem do tempo (que traz tantos inconvenientes ao ser humano) traz-lhe também a vantagem do esquecimento. Esquecemos (tantas vezes) o quando fomos felizes a comer aquele gelado naquela esplanada daquele café no dia x do mês y do ano da graça de alguém, mas o esquecimento do que nos é dificilmente esquecível é o presente de compensação. Ora, neste dia que mudou a minha vida (já que 19 de Fevereiro há três anos não é um dia x de um qualquer mês y), agradeço o que vai e o que fica, a retenção das camadas de vida que nos aquecem no futuro. E hoje sinto-me quente.
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