Às vezes penso em como é. O Amor. Com A. Não penso na metafísica profunda de onde ele parte, que atraso mental nos atira para trás de nós em momentos em que antes apenas a nossa mente se rebuscava, sozinha, à procura de resposta. Penso no fenómeno riso e borboleta, no fenómeno cabelos ao vento e o cheiro do perfume ao fim do dia, penso no fenómeno a minha pele sobre a tua pele e a cabeça no teu peito enquanto os meus dedos vão acariciando a tua barriga e tu me contas o teu dia (ou eu, ou eu...). Penso no simples e no complexo, no todo de mim entre ti encostado ao tronco da vida, sem esperar pelo carro passar. Somos a nossa caravana e vamos orgulhando-nos, como quem não quer a coisa, entre um e outro suspiro e cada vez menos gritos, amuos e cabelos por pentear. Sei que me olhas como quem vê e tens sede de ver mais. É como se, a cada dia, fossemos mais aquilo que queremos ser e não nos importássemos com aquilo que passamos por esquecer. E sei que, se nos visse de fora, poderia invejar, todos os dias, o olhar que só ofereces a mim. Seres. Meu.
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