E uma brisa sobrevoou-me o peito. Um inspirar profundo do meu olhar terreno e pouco alheado. Os pensamentos de outrora transformam-se agora em matéria e a mão inimiga da astúcia de viver num principesco e surreal sonho, puxou-me o pé no princípio do voo. Entrei numa chuva de soluços. Quase desisti.
Num fôlego o ardor da mudança tomou-me de assalto, criou a resistência ao choque e eu atirei-me contra a parede. E a queda foi menos dura do que aparentava, a dor foi menos corrosiva do que a expectativa. E a mudança chegou. E a experiência arrastou a cura, onde o ónus é sempre nosso: sim, o ónus foi sempre meu.
2 comments:
Mudar.
Mudar faz sempre bem. Principalmente quando a novidade traz o sabor da vitória, da conquista, do esforço, e de um sonho desconhecido que desejamos que seja concretizado nos exactos termos em que foi sonhado! :)
E ela escreveu! E eles leram-na 4 vezes! ;)
Subscrevo o que me disseste Nádia. Adorei este texto. Talvez porque, também eu, me identifico com ele, talvez porque também eu, penso ser tantas vezes avessa à mudança, demasiado presa ao passado ou ao fracasso pessoal, horas e dias perdendo com a minuciosa análise dos erros e falhas, horas e dias perdida no porquê sem sentido; até por fim perceber que só ganho a levantar de novo a cabeça, como tantas vezes para trás já o fizera, como o pede o dia-a-dia, como o exige a nossa auto-estima!
Os meus parabéns.. continua que eu continuarei a ler-te! ;)
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