Saturday, April 19, 2008

Escravos de nós

Sinto-me, finalmente, livre. Pode chover horas a fio que continuarei na eterna sintilância de quem recebe. Dou-me; a mim. A eles sempre, nem sei mentir. Descobrir-me, inteira, em senso de uma eterna imperfeição que não controlo (nem quero!). Não é a estupidez intriseca ao ser humano que me impele para a solidão, é a possibilidade e a interiorização que não me deixam outro caminho. Todo o ser humano se sente sozinho, num momento ou outro, até naquela súbita inveja daqueles que se sentam, acompanhados na sua definição (ou na nossa, que é a que interessa), ao nosso lado. E a solidão nunca será uma bandeira, será antes um pregão, daqueles que ele só traz à rua de vez em quando, quando a sua alma não adoece ou não foge, paura. A solidão é feliz quando é só uma capacidade.

"A liberdade é a possibilidade do isolamento; se te é impossível viver só, então nasceste escravo!"

1 comment:

jb said...

Há diferença entre estar sozinho e estar só.
Podes estar sozinha, mas o zinha acompanha-te o suficiente para não estares só!
O meu nome pode ser amigaZINHA!
Beijo