Dei por mim a olhar para os seus pequenos dedos a agarrar no lápis. Depois olhei para os olhos que deglutiam o livro e sorriam com tamanha história. Depois olhou para mim e disse intrigada: "o que foi?" - "nada, apenas gosto de te ver ler". E gosto mesmo. As crianças têm o dom de nos trazer a vontade de pegar nelas e atira-las para aquele arco íris onde mora a felicidade. Deu-me para pensar que o que a separa de mim com aquela idade é o lugar onde eu nasci. Onde eu nasci não havia pessoas que atirassem lixo pela janela. Onde eu nasci, os pais não espancavam os filhos no meio da rua. Onde eu nasci os meninos com 14 anos não sabiam o que era uma butterfly. Onde eu nasci não gritávamos com os mais velhos nem os mandávamos calar aos berros. Onde eu nasci não havia meninos com marcas de cintos. Onde eu nasci os meus pais preocupavam-se que eu lavasse os dentes e a cara de manhã. Onde eu nasci os meus pais davam-me cereais ao pequeno-almoço e eu chegava à escola sem fome. Onde eu nasci... Onde ela nasceu... E, no entanto, os dedos dela são tão iguais aos meus... "Oh Nádia...". E ela riu-se com aquele riso aberto e quente de uma criança. E o meu sorriso morno foi derretido.
Afinal, We Are Changing Together...
6 comments:
De q crianças falas?
e o q é uma butterfly?
Voluntariado.
Vês Sara? Tu com 25 anos não sabes... eu vi uma no sábado na mão de um miúdo... acho que tinha 13 anos... é qualquer coisa parecida a uma navalha de ponta e mola. Enfim!
Sara com medo de ouvir as verdades?! mas não faz mal, eu comento aqui. se estás numa de dar atenção a pormenores abre-se um processo só para ti (mais uma coisa a que podes chamar tua já viste que fixe que eu sou), processo telheiras
Oh my friend anónimo, vai lá comentar o que quer que seja para outro lado que não no meu blog que ofendes os meus amigos. Obrigada.
Deixa Nah, o amigo anonimo quer arranjar-me coisas "minhas", so sweAt!!
Anonimo, arranja tambem uma vida Tua.
eu meto-me na vergonha da tua vida mas tu respondes-me metendo-te assim no bocado da minha que escolhi para te chatear, temos a mesma quantidade de vida ao que parece
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