Às vezes penso em como é. O Amor. Com A. Não penso na metafísica profunda de onde ele parte, que atraso mental nos atira para trás de nós em momentos em que antes apenas a nossa mente se rebuscava, sozinha, à procura de resposta. Penso no fenómeno riso e borboleta, no fenómeno cabelos ao vento e o cheiro do perfume ao fim do dia, penso no fenómeno a minha pele sobre a tua pele e a cabeça no teu peito enquanto os meus dedos vão acariciando a tua barriga e tu me contas o teu dia (ou eu, ou eu...). Penso no simples e no complexo, no todo de mim entre ti encostado ao tronco da vida, sem esperar pelo carro passar. Somos a nossa caravana e vamos orgulhando-nos, como quem não quer a coisa, entre um e outro suspiro e cada vez menos gritos, amuos e cabelos por pentear. Sei que me olhas como quem vê e tens sede de ver mais. É como se, a cada dia, fossemos mais aquilo que queremos ser e não nos importássemos com aquilo que passamos por esquecer. E sei que, se nos visse de fora, poderia invejar, todos os dias, o olhar que só ofereces a mim. Seres. Meu.
Tuesday, July 27, 2010
Friday, July 16, 2010
A S.
"Tenho tanta sorte em conhecer-te" e tenho tanta sorte em conhecer-te... eu crio a minha bolha, tu entras na minha bolha e rimo-nos muito juntas. Ocasionalmente apanhas borboletas nos meus olhos e as colores um bocadinho mais. Quando mas devolves é como se eu já tivesse uma pequena vontade de chorar. De felicidade. E mesmo quando ninguém consegue compreender a necessidade, tu abres o teu saquinho escondido e perguntas-me se eu quero chorar lá para dentro. Tudo o que digas depois, mesmo que me atinja o peito e te baloices cá dentro (acredito que o nosso parque só tem baloiços... que importam os escorregas?!) vai ser só a consequência desta nossa caçada, gargalhadas, arma em punho e mão dada por aí.
Sei que sabes que sei que sabes...
Sei que sabes que sei que sabes...
Wednesday, July 14, 2010
Tuesday, July 13, 2010
És
É com orgulho que te tenho na minha vida. É com luz, um preenchimento diferente, um lugar que só dou aos melhores. Ser dos teus melhores abre o meu sorriso. O que tu fizeste por nós, naqueles momentos, naqueles instantes, foi trazer-nos uns para os outros, foi levar-nos novamente para aquele ponto de magia que tem faltado na maioria das nossas vidas. E não vou poder agradecer-te o suficiente por me teres feito, assim, profundamente feliz.
Obrigada.
Monday, July 05, 2010
São Tomé...
Vi-te passar, longe de mim, distante,
Como uma estátua de ébano ambulante;
Ias de luto, doce, tutinegra,
E o teu aspecto pesaroso e triste
Prendeu minha alma, sedutora negra;
Depois, cativa de invisível laço,
(o teu encanto, a que ninguém resiste)
Foi-te seguindo o pequenino passo
Até que o vulto gracioso e lindo
Desapareceu, longe de mim, distante,
Como uma estátua de ébano ambulante.
Como uma estátua de ébano ambulante;
Ias de luto, doce, tutinegra,
E o teu aspecto pesaroso e triste
Prendeu minha alma, sedutora negra;
Depois, cativa de invisível laço,
(o teu encanto, a que ninguém resiste)
Foi-te seguindo o pequenino passo
Até que o vulto gracioso e lindo
Desapareceu, longe de mim, distante,
Como uma estátua de ébano ambulante.
Caetano da Costa Alegre
Friday, July 02, 2010
Nunca perceberás...
Quem nunca esteve não compreende, não antecipa a lágrima de apenas um pensamento, não se reúne em memórias para ser mais completo. Não percebe a tatuagem. E nunca compreenderá o resto. O anseio, o sorriso, a luz que ilumina o corpo e a alma quando vemos a placa ao longe.
E nessa estrada gigante (que nos parece gigante) até lá acima, a excitação aumenta, enquanto se transforma também num calor imenso. Não, nunca serás capaz de compreender: não é apenas um parque de estacionamento... ali já gritei "bomba" tantas vezes, ali me escondi para não me caçarem, ali chorei a entrar no meu carro. E há tanta coisa que não consigo transmitir-te em palavras, não consigo que me ouças e que compreendas a minha ânsia em contar, em envolver, em fazer-te entender que não é só um lugar, não será nunca só um lugar. E quando te mostrar, não lhe chames casa branca redonda: é o redondel! Qual é a dúvida?! E é o bidonville, e é a sauna (não, não é forrada a madeira, nem tem um balde de água fria! - é a sauna, não questiones, deixa-lhe intocado o estatuto). Queria não ter de explicar o conceito de banho de cadeira, de dormir no centro da casa, do leaving on a jet plane, da discoteca, da casa do pão, de lançar o prato, do jogo do nunca, da melhor xixa de sempre, de pão com nutella (de pão com nutella!!), de chocapic, de receita, da auto-contagem, do chinese monkey, da port of the disco, do can I speak now, da glamorosa, do beija beija e do cowboy veado, do anfiteatro, da carrinha, do gelado partilhado no final, dos abraços, da gincana, dos activos, dos criativos, dos colchões juntos, das conversas sobre tudo porque connosco não existe o "não vou falar, não vou contar, não me dou"... Consegue-se ver através de mim?
Será que consigo explicar-te o cheiro das árvores? Já fui a tantas quintas e nunca nenhuma me cheirou assim. Já muitas vezes fui à quinta e não tem o mesmo cheiro que a meio de um campo de férias.
É como o cheiro da big house. Que nem é big. Mas é nossa. E nos inspira. E nos move. E muda o nosso mundo. E cheira a saudade.
E nessa estrada gigante (que nos parece gigante) até lá acima, a excitação aumenta, enquanto se transforma também num calor imenso. Não, nunca serás capaz de compreender: não é apenas um parque de estacionamento... ali já gritei "bomba" tantas vezes, ali me escondi para não me caçarem, ali chorei a entrar no meu carro. E há tanta coisa que não consigo transmitir-te em palavras, não consigo que me ouças e que compreendas a minha ânsia em contar, em envolver, em fazer-te entender que não é só um lugar, não será nunca só um lugar. E quando te mostrar, não lhe chames casa branca redonda: é o redondel! Qual é a dúvida?! E é o bidonville, e é a sauna (não, não é forrada a madeira, nem tem um balde de água fria! - é a sauna, não questiones, deixa-lhe intocado o estatuto). Queria não ter de explicar o conceito de banho de cadeira, de dormir no centro da casa, do leaving on a jet plane, da discoteca, da casa do pão, de lançar o prato, do jogo do nunca, da melhor xixa de sempre, de pão com nutella (de pão com nutella!!), de chocapic, de receita, da auto-contagem, do chinese monkey, da port of the disco, do can I speak now, da glamorosa, do beija beija e do cowboy veado, do anfiteatro, da carrinha, do gelado partilhado no final, dos abraços, da gincana, dos activos, dos criativos, dos colchões juntos, das conversas sobre tudo porque connosco não existe o "não vou falar, não vou contar, não me dou"... Consegue-se ver através de mim?
Será que consigo explicar-te o cheiro das árvores? Já fui a tantas quintas e nunca nenhuma me cheirou assim. Já muitas vezes fui à quinta e não tem o mesmo cheiro que a meio de um campo de férias.
É como o cheiro da big house. Que nem é big. Mas é nossa. E nos inspira. E nos move. E muda o nosso mundo. E cheira a saudade.
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