Não sei. Quem és tu para me obrigar a saber, a ser, a querer ou todo outro verbo que implique uma acção. Quem és tu, no fundo, tantas e tantas vezes te perguntam e o teu preguiçoso eu pergunta ao tu se foste ou vens para ser, devagarinho e sem que ninguém descubra, de há um tempo para cá ou de todo o tempo para cá - uma formiga pequena que engana bem. Não me obrigues a amar-te ou a não querer-te, eu é que decido, ou não decido, decide ele ou "ele", que eu não sei de nada, não!: eu sei, sei que TU não sabes de nada. Não é raiva, quero (eu decido que quero!) encontrar-me contigo naquela esquina e sorrir um café, até ao dia do depois em que tu me encharcas de verbos e eu tenho de nadar para fora desse riacho, um riacho!, que tu criaste. Que dissabor, eu disse, quando o doce amargo canto me encaixou naquele canto.
É. E depois, em momentos, pode mudar. Às vezes, e, principalmente, quando tu não decides o que eu quero, eu só queria que tu me dissesses qual é o meu trilho e eu seguiria por aí. Nem penses. Pensar custa.
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