Há muito tempo que não escrevo. Faz mais de um ano que abandonei um pouco as palavras sem grande justificação. Parece-me que tem um pouco a ver com a falta de um tempo qualquer ou de uma inspiração qualquer ou por ter dedicado as palavras a outros espaços que não um-só-meu. é incrível entrar aqui e ver que o último texto/desvario foi a 10 de Fevereiro de 2011 porque desde então a Nádia talvez não seja bem a mesma nem o sol nem a vida nem o vento ou a chuva. Talvez estejamos a pairar numa realidade que não se adivinhava nesse tal 10 de Fevereiro. Não que algo de muito devastador (em tantos tanto sentidos) tenha efectivamente acontecido. Apenas andei a abusar dos advérbios de modo noutras paragens.
O que, de igual forma, me inquieta hoje, foi a necessidade de escrever. Queria - e deveria mesmo - entender esta necessidade de escrever. Não queria que houvesse uma justificação infeliz (em todos os significados da palavra) mas também não acredito que tais coisas venham de um acaso feliz de um dia de sol. Há sempre um motivo. Muitas vezes há um desanimo. Estarei eu desanimada? Necessitarei eu de acreditar que as palavras, as escritas, terão um significado maior do que eu? Eu não sei. Sinceramente parece-me que duvido de tudo um pouco ou de pouco um tudo. Posso fingir que tanta coisa não passa pela minha cabeça, mas passa. Esquizófrenias, parece-me. Aguardemos que a vontade não me passe. Assim o esperava e quereria. Sinal de? Acho que, até para isso, começo a precisar de ajuda.
Até já.