Pediu-me pressa. E eu deixei. Anos... Dificuldades raras em definir... ser tãaaaaao diferente. Mudava algo? Mudava, mudava-me em algo. Não devemos ter medo do acumular de experiência, dos dias às nossas costas. Saberei ser agora? Ou serei agora mais? Lembro-me do primeiro momento, do primeiro código, do primeiro amigo, dos primeiros passos, da primeira festa, da primeira vez que te vi, a ti, a ti, a ti... e a ti, lembro-me do primeiro teste, das primeiras lágrimas, do primeiro choro, e, no meio de tudo, com tanta pena minha, não me lembro da primeira gargalhada. Ou talvez sem pena, espero, por terem sido tantas. Fechando os olhos vejo o melhor, vejo o pior, mas mais importante de tudo é ver momentos que talvez nem interessassem tanto, mas que ficaram retidos porque sim, porque foram momentos que não explico mas que senti, em que me senti. Devia, podia, queria agradecer mas não interessa fazê-lo agora no fim, porque os agradecimentos acontecem a cada pequeno segundo que se partilha, agradecer pela oportunidade de os ter, de os ter visto existir. E principalmente porque, sem medo de lugares-comuns, para quem interessa (e talvez para outros que ainda ou já não interessam) não será o fim, mas a doce continuação ou um novo princípio. Não posso ter medo, embora me sinta a mesma criança perdida que entrou naquela porta em 2003 e tremia por temer o desconhecido.
[A todos os que sabem do que falo,
porque falo e que tenho razão, aquele
"bem haja" repleto de um carinho
construído ao longo deste tempo.]
1 comment:
Porque sei do que falas.. e porque partilho contigo momentos "porque sim"... e porque tremo como tu à porta de um desconhecido esperado, desejado e tão temido...
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