Tuesday, January 22, 2008

Arrepios

Olho para os pequenos pelos loiros do meu braço e pergunto-lhes quem sou e porque se eriçam quando se eriçam. Olho-os demoradamente, como um pequeno rapazinho despreocupado com o tempo. É como se me olhasse de fora, como se estivesse aqui e acima de mim, a observar as intemperies da minha existência. Queria arrancar o meu sistema nervoso e ser sempre este sorriso que não morde o lábio. Gostava de perpetuar este caminho paralelo onde tudo é regular e constante para poder, só mais tarde, confundir tudo, baralhar de novo as cartas e as estender à minha frente, como quem não quer acreditar no destino mas acreditando num caminho para o futuro. É como ele disse: "não tentes convencer-me que és uma optimista!"; não conseguiria convencer-te disso, não tenho material nem argumentos. Descobri que sou sempre a fonte que transborda, sei porque lavo tanto as mãos, e não tento confundir-vos: não acho nada normal!

1 comment:

O Vendedor de Sonhos said...

O Optimismo é uma de duas coisas, ou um disfarce do lucido para poder viver em sociedade ou entao uma verdade para alguem normal.....e nao sao os normais tao desinteressantes?
Desculpa a invasao ao teu espaço, nem sequer sei quem és