Entrei naquele espaço. Tentei compreender as gargalhadas agarradas às paredes e o mundo entre elas. Encontrei imagens de uma realidade desconhecida e perguntei de quem era aquele ar. Visitei os armários e os lençóis, precipitei-me nas gavetas, encontrei um recôndito ponto escuro de uma sobrevivência aventureira de ser o que fazer. Estiveste sempre atrás de mim, não limitaste a minha busca, muitas vezes orientaste a minha mão. Talvez tenhas mesmo indiciado o meu tacto e lhe tenhas indicado o (meu) caminho. Não foi por acaso, prendias na luz do candeeiro um olhar novo e também querias saber onde eu ia e onde eu permaneceria, se não me pedisses para ficar. Olhaste-me carinhosamente e sorriste como uma criança, uma delícia de framboesa na forma como a tua mão absorvia o meu rosto ao passar.
Todos nós, todos, nos assustamos com a profundidade. Todos ficamos confusos e baralhados com o not suppose to be, no entanto, entre fugir e lutar, porque é que preferes fugir?